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PRETO NARIZ

AS ENCRUZILHADAS DE UM PALHAÇO PRETO

Uma comédia que venha de outros tempos e povos que não o europeu são inconcebíveis até mesmo aos artistas palhaços e palhaças de cor que foram ensinados a saudar e trabalhar sob a estética oriunda de valores civilizatórios exclusivamente euro-estadunidenses como se africanos e indígenas nunca tivessem ousado trabalhar a linguagem da comédia.

 

Essa oficina é uma modesta contribuição a um novo olhar lançado às formas de ver e viver o circo. Como construir uma linguagem do circo em diálogo com as mais variadas realidades do contexto brasileiro? Obra autoral que revisita e relê  as proposições clássicas sobre o circo adentrando o território das africanidades, em diálogo com suas provocações. O trabalho é uma saudação à ancestralidade africana, àquela advinda de dentro e de fora da diáspora, bem como um aceno bem humorado de crítica ao apagamento da história do povo africano e indígena no processo de colonização

Eddie Miranda, através do palhaço Forrobodó performa o que eles prometem ser um passeio mental e visual sobre que vem a ser uma quase antropologia do riso. Através da crítica à metodologia convencional que trata o riso à partir de métricas, estéticas e éticas tipicamente euro-estadunidense, iremos de Abya Yala à Mali, da antiguidade à contemporaneidade, do profano ao sagrado para investigar novas antigas orientações para o fazer rir decolonial.

Compartilhando com a platéia sua caminhada, os seus percursos e seus atravessamentos Eddie Miranda mostram os desafios de quem quer enegrecer a sua arte.

Filmagem de Vitor Freitas e edição de Matheus Magalhães

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