BIOGRAFIA
Foto de Marcos Vinicius
Bonecos feitos por Julieta Hernández
Em nove anos fazendo jus ao compromisso com a ancestral Arte do Palhaço e com a Arte Pública, a Cia. Mala de Mão tem trazido à sua plateia um repertório hilário de números na praças, favelas, semáforos, transportes coletivos e espaços públicos da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. A Cia. elenca atualmente o palhaço Forrobodó, a palhaça Tita, o palhaço Catota, el músico, o palhágico e a palhaça Amora Graveta.
Com números que incluem desde fogo, acrobacias atrapalhadas, mágicas cômicas, malabares desastrados e reprises clássicas da arte do picadeiro, esta Cia. vem firmando seu compromisso com a arte pública de qualidade estrelando espetáculos engajados em temáticas que vão desde o combate ao racismo e a violência contra a mulher, passando pela prevenção ao suicídio e até à valorização da Arte de Rua.
A trupe têm como referência para sua poética e estética o diálogo com outros artistas, circenses ou não, que possam contribuir para a criação de uma linguagem crítica, lúdica e engraçada para seus espetáculos. Dentre eles se destacam Mestre Benjamim de Oliveira, Mestra Maria Eliza Alves, Abdias do Nascimento e Jocanfer.
Fazendo do chapéu a sua militância e sustento, o grupo de artistas acredita no potencial dialógico da comédia e no trabalho em rede. Com isso, compõe em seu território redes de combate ao racismo e de lutas por políticas públicas de fomento à arte, a cultura e de igualdade social.
Thallita Flor, que dá vida à Palhaça Tita, é atriz desde 2010 e estudou artes cênicas na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), formada em palhaçaria pela ESLIPA. É palhaça e produtora desde 2016 na Companhia Mala de Mão, professora de Teatro na cidade de Niterói e no projeto de extensão "Teatro e Enclausuramento", no Instituto Penal Evaristo de Moraes em São Cristóvão no Rio de Janeiro. Além de lecionar numa penitenciária, pesquisa o encarceramento em massa de pessoas negras através do canal artístico. Tem o foco de trabalho com a arte de rua e periférica, além de Cabarés e espaços alternativos desde semáforos à escolas. É artista atuante no Fórum de Circo Niterói e na Câmara Setorial de Teatro e Circo onde se tornou Conselheira de Cultura em 2021.
Eddie Miranda, o Palhaço Forrobodó, é pedagogo formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) onde foi bolsista do Projeto de Extensão PRAX Circense e desenvolveu um trabalho de ensino. Fundou a companhia Mala de Mão em 2015, e com um trabalho focado em arte de rua, traz em si a pesquisa por uma estética e poética decolonial bem como a luta pelo território, pela comunidade, e por políticas públicas em prol do acesso aos meios de produção de arte e de cultura.
“Palhaço há 5 anos” como gosta de dizer, escreve, dirige e atua nos próprios espetáculos pela Cia Mala de Mão desde 2015. Acredita na esfera e no círculo como poderes de criação. Artista atuante no Fórum de Circo Niterói e na Câmara Setorial de Teatro e Circo onde em 2020 foi Conselheiro de Cultura Suplente.